Depressão pós Terra Média | Cinema

Assim como pra ter aquele Troféu na PSN, pra sermos considerados "nerds", temos que cumprir algumas etapas. Para alguns, é saber de vários personagens da DC e da Marvel, ter conhecimento do grandioso mundo de George Lucas em Star Wars ou conseguir zerar o Contra sem o Konami Code (algo que é impossível, diga-se de passagem). Ser "nerd" afinal, eu não sei o que é, mas tenho certeza que cumpri parte da minha iniciação assistindo, há algum tempo atrás, o grande, o maravilhoso, O Senhor dos Anéis.

Fiquei maluco. Já tinha assistido O Senhor dos Anéis antes, mas eu tinha, sei lá, 8 anos de idade. Eu não sabia do que se tratava. Agora, um pouco mais velho (só um pouquinho), descobri o quanto eu tava perdendo, mais uma vez, não assistindo essa grande obra baseada no ainda maior livro de J.R.R. Tolkien. Logo após vê-lo, me apaixonei pela Terra Média. Era tão vasta e tão bonita. Era um mundo que ficou muito difícil de se desprender.


O Condado

Aí foi passando os filmes, né. Veio A Sociedade do Anel, As Duas Torres, chorei 2 rios e meio com O Retorno do Rei, aí veio uma pequena depressão passageira. Já que eu assisti meio tarde essa primeira trilogia, não deu tempo de ficar muito deprimido porque já tinha chegado o (um pouco menor) grande O Hobbit. Poxa, mais quase 9 horas de Terra Média pra contemplar e viver, e O Hobbit é quase uma overdose de beleza dela.

Apesar de no post de melhores e piores de 2014 eu ter ficado meio que chateado com a cagada e andada que deram pro Smaug n'A Batalha dos Cinco Exércitos, a trilogia d'O Hobbit é inegavelmente a mais bela viagem à Terra Média que se tem documentada. E ali que percebi o quão maravilhosa são essas terras. São diversificadas, são vivas, são, simplesmente, lindas. Quando, ainda, você tem acesso a duas histórias tão ricas dentro dessa terra encantada, tudo fica mais lindo ainda.

Contemplar a beleza de Rivendell, a mágica cidade dos Elfos, sentir a simplicidade d'O Condado, a humilde cidade dos Hobbits, acompanhar as longas jornadas nas diferentes geografias e nos diferentes ambientes. A riqueza da Terra Média passa por seu visual e pela vivência de seus personagens. Era um mundo que ficou ainda mais difícil de se desprender.

Rivendell (Valfenda em português)

Mas aí beleza, vamos voltar à história. Tava passando os filmes, veio Uma Jornada Inesperada, A Desolação de Smaug, uma leve caída de lágrimas (cortada por uma cena ridícula de romance) em A Batalha dos Cinco Exércitos, e aí veio a depressão feia mesmo. Não tinha caído a ficha ainda. Praticamente todas as histórias da Terra Média que tinham direitos vendidos foram contadas no cinema. Foi quando aconteceu o pior:

Eu percebi que não verei mais a Terra Média por um bom tempo...

É a verdade, é a realidade, demorei pra aceitar mas acabei tocando a vida. Assistir novamente os 6 filmes (quase 20 horas de Terra Média) ajuda um pouco, mas não tira essa realidade. Jogar o joguinho lá do Lego e o Sombras de Mordor (jogaço, inclusive, recomendadíssimo) ajuda também, mas, poxa, em um o mundo é feito de blocos assassinos (quem já pisou neles sabe do que tô falando) e no outro só tem Mordor, que é a parte mais feia de toda a Terra Média. A realidade está nos dando um tapa na cara, a não ser que saquem da manga aí O Silmarillion, mas já fiquei sabendo que não vai rolar...

Não teremos mais novos registros visuais das belas histórias, dos carismáticos personagens, dos terríveis vilões e da diversidade geográfica e biológica. Tudo o que nos resta é apreciar as obras do professor Tolkien, mais vivas do que nunca. Nos resta continuar a ler e imaginar as histórias da Terra Média, que se tornam cada vez mais ricas com os fãs. Nos resta crer que todas essas histórias são imortais.

Mordor

Enfim, continuemos a contemplar as histórias escritas de Tolkien, a arte visual de Peter Jackson e as várias fan arts espalhadas pela internet. Deixemos a obra do grande mestre dos nerds viva. Enquanto lemos e aprendemos com o mundo Tolkieniano, sua obra viverá para sempre. Afinal, não podemos deixar as próximas gerações sem conhecer a grandiosa Terra Média.

E você, também tá sofrendo da Depressão pós Terra Média porque realizou que o cinema não terá Terra Média por um longo tempo? Deixa aí um comentário contando sua história...

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